sábado, 21 de novembro de 2009

Quem tem medo da Astrologia?


Pensei este artigo, na tentativa de poder apaziguar algumas angústias e ansiedades, de quem vem procurar na Astrologia, na riqueza do seu simbolismo e significado, respostas para o que somos e para o que podemos vir a ser. Para que a tarefa não seja de todo infrutífera, gostaria de poder dar-vos o meu testemunho pessoal, sobre o modo como fui integrando os seus ensinamentos e o impacto que estes em mim foram causando.

Há naturalmente uma fase inicial, em que a ansiedade nos domina. Porquê? Talvez porque pensemos, que quanto mais rapidamente ler-mos a maior quantidade de livros possível, possamos perceber o porquê de algumas características e comportamentos que reconhecemos em nós como padrões inelutáveis.

Queremos obter explicações rápidas para o que nos atormenta, queremos enfim, sempre impregnados pela angústia e pela ansiedade, descobrir rapidamente a caixa que guarda o tesouro e tomar posse de todo o seu conteúdo. Tarefa impossível e pouco edificante…nenhuma ciência se aprende e integra num ápice, com um simples estalar de dedos.

Confesso-lhes que ao longo de vários anos li muitos livros sobre Astrologia, talvez centenas, mas também lhes posso dizer que nem todos são verdadeiros tesouros, muitos há, que nem deveriam ter sido escritos, pela forma crua e fria como o seu simbolismo é apresentado; com a agravante de desrespeitar a natureza humana e a sua dinâmica psicológica. Normalmente, estes autores, referem-se à natureza de alguns planetas, só para vos citar um exemplo, como fonte de problemáticas inultrapassáveis, que eventualmente podem traumatizar o principiante mais incauto, a personalidade mais instável ou, até mesmo, perturbada. A Astrologia, não é uma religião…não se estrutura no medo, nem na ignorância; ela é, isso sim, um instrumento que nos pode ajudar a ultrapassar os nossos medos, a compreender as nossas competências e as nossas fragilidades.

É pois um instrumento de auto ajuda na medida em que nos adverte para eventuais situações de crise e nos mostra como poderemos ultrapassá-las. Confiemos também nas emanações do nosso inconsciente, isto é - na nossa intuição, pois ela é uma peça fundamental para a compreensão dos desígnios celestes e tentemos igualmente perceber se a nossa estrutura de personalidade está suficientemente preparada para se lançar nessa descoberta.

Deixo-vos alguns autores que têm dado um contributo sério e profundo ao desenvolvimento de novos paradigmas no que à Astrologia diz respeito. Cito-vos alguns, que considero as maiores referências neste domínio - Dane Rudyar; Liz Greene, Howard Sasportas e Stefen Arroyo, para não citar outros, igualmente respeitadores da forma como se transmite os ensinamentos astrológicos. Com eles, estou seguro que estarão em boa companhia e as vossas angústias, ao depararem-se com algum aspecto debilitante no mapa astral, ou com um trânsito de maior complexidade, adquirirão uma nova dimensão; não a do medo, mas sim a da clarividência; no acreditar que a Astrologia estará sempre ao vosso serviço na descoberta do maior tesouro que jamais devemos questionar - o auto conhecimento.


Fernando Barnabé

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