quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Astrologia...Toda a Esperança é Legítima!


Não é demais salientar que a ciência astrológica oferece-nos a possibilidade, para além de outras, de perceber tendências quanto ao futuro dos homens. São vários os métodos empregues pelos astrólogos para entender o modo como o indivíduo se projecta no futuro. As técnicas de progressão dos mapas do céu, umas mais precisas do que outras, alicerçadas nos trânsitos, nas revoluções solares e lunares, para não citar outras, permitem-nos pois, dar a conhecer a todos os que nos procuram, não só o passo do seu processo evolutivo, mas também um propósito determinante – o sentido e significado da sua existência.

Considerar que estas “ferramentas”, estes instrumentos nos conferem uma qualquer espécie de “poder”, como se estivéssemos acima do comum dos mortais, deve ser encarado com alguma parcimónia. Na realidade são muitos aqueles que nos vêem como verdadeiros magos, capazes de num ápice resolvermos situações difíceis, de operarmos verdadeiros milagres. Penso que é necessário e importante desmistificar estas convicções, que alguns persistem em inculcar-lhes.

Este “poder” provém de uma inclinação, de uma fé, na crença da sabedoria do cosmos, mas também, e friso que este aspecto é muito importante; do estudo, da pesquisa e da constatação objectiva da nossa prática astrológica, alicerçada na famosa lei da correspondência de Hermes Trimegistus: "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima".
O perfil do astrólogo é pois essencial na consulta. O que fazemos com o nosso saber? Como o comunicamos? Como encaramos o outro? Como nos relacionamos com o nosso saber? Será que este "pseudo poder" se sobrepõe ao propósito de servir? Só através de uma postura credível e humanista podemos passar a mensagem dos céus. É necessário lutar pela Astrologia, para que possamos devolver-lhe a dignidade que foi perdendo ao longo dos tempos.

Essa luta começa por cada um de nós, pela vontade em querer aperfeiçoar o modo como encaramos a nossa prática, com dignidade e como uma disciplina fundamental para o desenvolvimento da humanidade. Lutemos pois, para que ela retorne com todo o seu fulgor às universidades de onde foi afastada pela força de uma corrente que nos catapultou para o mundo do efémero e do consumismo, responsáveis pela dor do ser e pelo cinzentismo da alma. Somos nós, os que pugnamos por este saber maior, que temos a responsabilidade de abraçar a utopia, acreditando sempre e sem desfalecimento, que a dança dos planetas, os seus ciclos e os seus ritmos devem ser interiorizados por todos.

A vida torna-se mais fácil quando entendemos a cadência dos nossos passos e o motivo da nossa dança.

Fernando Barnabé

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