sábado, 21 de novembro de 2009

Os Elementos em Astrologia e a sua Interacção


O estudo dos quatro elementos em Astrologia é fundamental para compreendermos como a sua energia se expressa no mapa natal. Vamos então escalpelizar um pouco esta matéria, recorrendo ao legado deixado por esse grande psiquiatra suíço Carl Jung, que estabeleceu um paralelismo entre as tipologias psicológicas e os elementos (fogo, terra, ar e água).
FOGO/TERRA
Na sua tipologia psicológica considerou os indivíduos intuitivos como pertencendo ao elemento Fogo e os sensitivos ao elemento Terra. O Fogo e a Terra são pois elementos que se opõem entre si, pelas diferentes características que cada um expressa. No entanto, se o equilíbrio entre elas for evidente estas duas energias não irão causar desestruturação, poderão, isso sim, promover uma discussão interna que permitirá ao sujeito integrar as diferentes necessidades que cada elemento expressa. Se por exemplo o Fogo tem a primazia no mapa do céu de uma pessoa, em detrimento do elemento Água, é possível que o sujeito tente atrair pessoas que possuam o elemento Água que a ela lhes falta.

Não se entenda que esta atracção possa resultar harmoniosa; provavelmente as diferenças de perspectiva em relação ao mundo são tão diferentes que o entendimento pode tornar-se difícil, mas é precisamente aí que reside o desafio, aprender a integrar outras formas de percepcionar e agir perante a realidade poderão constituir uma fonte de enriquecedora aprendizagem.

O Fogo tenta superar a realidade com que lida. Luta contra tudo quanto lhe limita a liberdade e impacienta-se com a rotina dos dias. Necessita acção, aventura e a excitação própria de um criador nato que vive a alegria de simplesmente existir. O seu atributo mais forte é pois a intuição.

O elemento Terra tem na adaptação à realidade e na forma como a maneja uma das suas principais características. É realista e concreto e a razão do seu viver é estruturada em torno da segurança e da estabilidade. É um materialista nato, que foge da aventura e do desafio temerário. Utiliza pois métodos consagrados, que já deram provas no confronto com a realidade objectiva. É-lhe pois atribuído o mundo das sensações.

Em termos gerais, as pessoas de tipo Fogo (intuição) destacam-se pela sua criatividade, pela sua facilidade em liderar ou pelas suas excelentes aptidões para a prática desportiva. As pessoas do tipo Terra, (sensação) terão um desempenho médio nas actividades acima descritas, no entanto, perante situações que requeiram capacidade de concentração, cuidado e persistência serão praticamente imbatíveis.


AR/ÁGUA
Ao elemento ar, segundo Carl Jung correspondem os indivíduos” racionais” e ao elemento Água os indivíduos “sentimentais”. Ar e Água, reflectem pois, formas distintas de interpretação da realidade. Se estes dois elementos estiverem em equilíbrio num mapa do céu, haverá um balanceamento necessário à integração das diferentes necessidades que simbolizam.

No entanto, se houver prevalência de Ar e um deficit de Água, poderemos atrair pessoas que apresentem este último bem representado. É provável então que surjam alguns desentendimentos e disputas pela dificuldade em conciliar as diferentes energias. No entanto, com algum esforço pessoal, um e outro poderão crescer integrando o simbolismo das energias em falta.

O tipo racional (Ar) interpreta a realidade utilizando preferencialmente a mente, segundo aquilo que entende, pensa, vê e racionaliza. Em regra entende e aceita o ponto de vista dos outros, está aberto às novas tendências e aos movimentos de vanguarda. Por essa razão privilegia também a independência e a liberdade. A ética e o senso de justiça, é-lhes caro, assim como o diálogo que é a base estrutural dos seus relacionamentos. As suas faculdades de abstracção e compreensão são competências que o catapultam para o êxito no domínio da comunicação e em todos as ciências relacionadas com a electrónica e a gestão informática.

O tipo sentimental (Água) apropria-se da realidade através dos afectos e das emoções. Tem por isso grande facilidade em compreender os sentimentos dos outros assim como expressar os seus. A sua necessidade de afecto pode torná-lo dependente se este elemento estiver enfatizado no mapa do céu. A sua sensibilidade pode por vezes ser fonte de angústia, já que possuem faculdades que lhes permitem dar conta das vibrações que emanam de certos lugares e de algumas pessoas.

Quando em equilíbrio, Ar e Água desenvolvem um diálogo frutífero com base no Pensamento e na Emoção. A Água descobre no o Ar a frieza e a insensibilidade, o Ar desvenda na Água a sua irracional e dependência afectiva. Quando procuram o entendimento, a Água oferece ao Ar conforto emocional e empatia, enquanto o Ar presenteia a Água através da compreensão e maior distanciamento.

Em conclusão, num determinado mapa do céu, sempre haverá ênfase ou um deficit de um ou outro elemento. O elemento predominante será o indicador da forma como o sujeito encara e lida com a realidade, a falta indicará pois, as características que o sujeito deve procurar para poder superar determinadas dificuldades necessárias ao seu desenvolvimento como pessoa.

A consciencialização do modo como os elementos estão distribuídos num mapa do céu adquirem assim grande relevância pelas pistas que nos dão quanto ao modo e à forma como devemos posicionar-nos face às nossas fragilidades e competências.

Fernando Barnabé

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