sábado, 21 de novembro de 2009

Por uma Astrologia Psicológica


A Astrologia tem sofrido, desde o seu surgimento que remonta aos tempos idos de 4600 AC, grandes transformações, quer quanto à sua credibilidade enquanto ciência, quer quanto à interpretação da natureza da sua linguagem simbólica. Descredibilizada após a queda do império romano, inclusivamente pela igreja católica, (embora haja referências à Astrologia no Evangelho de São Lucas) conheceu no entanto períodos verdadeiramente áureos. Assistiu-se assim à criação em 640 AC de uma escola na Grécia, tendo Aristóteles, com a criação da teoria dos quatro elementos, e Ptolomeu, que nos legou um conjunto de obras verdadeiramente admiráveis, que ainda hoje fazem parte ou são a base da Astrologia Moderna, sido figuras preponderantes na divulgação deste conhecimento milenar.

Foram os árabes, já na Idade Média, que retomaram o estudo e a divulgação da filosofia e da cultura clássica, fazendo ressurgir das cinzas a Astrologia relançando-a decisivamente para um patamar que há muito havia merecido. A Astrologia recomeça assim a ser estudada nas Universidades em Espanha e em Itália, sendo difundida por toda a Europa.

Mais tarde, em plena época renascentista e agora apoiada pelo papado sofre um novo impulso com o surgimento de várias figuras de vulto da época, verdadeiros detentores do saber em domínios tão vastos como, a Matemática, a Física e a Astronomia, que, a Astrologia, como ciência eclética contém; falamos de Galileu, Copérnico, Kepler ou ainda, Newton, para não citarmos outros.

Em pleno século XIX e com o advento da era industrial e do positivismo lógico a Astrologia deixa de ser ministrada nas universidades e ridicularizada como forma de superstição ou pseudo ciência, sobretudo por aqueles que dela não detinham um conhecimento profundo e, como tal, deveriam coibir-se de tecer -lhe tão duras críticas.Em pleno século XX, a Astrologia passa a ter um novo estatuto, sobretudo com o impulso dado por Dane Rudhyar e Carl Gustav Jung que compreenderam a verdadeira dimensão cosmopsicológica da Astrologia. Ela deixa de ter um cunho preditivo, para focalizar-se de uma forma integrada na dinâmica do ser, na compreensão da pessoa, inserida num “plano” desenhado pelas energias sapientes do Cosmos.

Descodificar este “plano” através do mapa natal, é aceder ao conhecimento das nossas competências, das nossas fragilidades, medos e complexos. Descodificar o nosso ADN cósmico é aceder ao verdadeiro sentido e significado do processo que é tão só existir.

Fernando Barnabé

Sem comentários:

Enviar um comentário